Offline
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/1993b0842c4dacae3bedd6cdc2f31ea5.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/921a62591443af910a3b3c531b9daf57.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/2670b760123798e217a0ca4708d105b3.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/e0abc8037c9f4f71a8554f0d870ec5bd.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/25d1df4203561faa7205e833e4815a15.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/034f9f2761de1b4f49825a6793ce6dd5.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/db1ec04db8e07ecb9b33c52b2e48b8c9.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/2e73b577229057a4e1b1f5b116b356cb.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/d29e4c3883e3da42ad0face4fb0af151.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/62617e6b5b1ada83b461fa8af6521909.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/69bf91e069111910428392692502dc31.jpg
19 de novembro é celebrado o Dia do Cordelista
Data é uma homenagem ao nascimento do pai do Cordel, Leandro Gomes
Radioagência Nacional - Por João Barbosa* - estagiário da Rádio Nacional
Publicado em 19/11/2025 15:16
Cultura
© Tomaz Silva/Agência Brasil

"Já estamos vendo farinha de barco. Dez mil réis um saco. Vem até fedendo, porém estão vendendo. E o povo a come. Não chamam-lhe nome, nem choram dinheiro, pois não há tempero igualmente à fome".

Isso é um pequeno trecho de “Os Homens da Mandioca”, um dos poemas mais famosos da literatura de cordel. Ele foi escrito por Leandro Gomes de Barros, considerado o pai do Cordel. A importância deste paraibano da cidade de Pombal é tamanha que o dia 19 de novembro, data de seu nascimento em 1865, celebrado Dia do Cordelista.

Leandro Gomes de Barros era craque nos poemas que seguem regras de métrica e enredo, como se estivessem narrando pequenas histórias em versos rimados.

A pesquisadora da Fundação Casa de Rui Barbosa, Sylvia Nemer, conta um pouco mais da importância do pioneiro na arte para a literatura...

"Ele foi o primeiro a imprimir e publicar folhetos no ano de 1895. Leandro recuperou a tradição, escrevendo em versos narrativas dos ciclos tradicionais dos pares de França e das histórias do romanceiro que circulavam oralmente em toda a sua região. Mas seu grande sucesso se deve à magistral capacidade de reproduzir em suas histórias o cotidiano e o imaginário da sociedade em que vivia".

Estes folhetos com desenhos em preto e branco, estampando as capas dos cordéis, eram pendurados em varais e expostos à população. Daí o nome “cordel”. Rapidamente, os poemas ocuparam cada vez mais espaços do país, como explica Sylvia Nemer...

"A tipografia utilizada na impressão dos folhetos e o sistema ferroviário na remessa das publicações para locais distantes do núcleo produtor, possibilitaram o desenvolvimento de um verdadeiro sistema de produção e distribuição. Foi esse sistema que abriu caminho para a constituição desse campo literário que conhecemos como Literatura de Cordel".

As obras de Leandro serviram de inspiração para outras peças literárias de renome, como o Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, e influenciou na estética do audiovisual brasileiro.

Todo esse reconhecimento, foi consolidado em 2018, quando o Iphan - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – declarou gênero patrimônio cultural imaterial do Brasil.

*Com supervisão de Vitória Elizabeth

Fonte: Radioagência Nacional
Esta notícia foi publicada respeitando as políticas de reprodução da Radioagência Nacional.
Comentários