Offline
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/1993b0842c4dacae3bedd6cdc2f31ea5.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/921a62591443af910a3b3c531b9daf57.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/2670b760123798e217a0ca4708d105b3.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/e0abc8037c9f4f71a8554f0d870ec5bd.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/25d1df4203561faa7205e833e4815a15.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/034f9f2761de1b4f49825a6793ce6dd5.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/db1ec04db8e07ecb9b33c52b2e48b8c9.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/2e73b577229057a4e1b1f5b116b356cb.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/d29e4c3883e3da42ad0face4fb0af151.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/62617e6b5b1ada83b461fa8af6521909.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/249279/slider/69bf91e069111910428392692502dc31.jpg
58 anos depois da morte, obra de Guimarães Rosa permanece atual
Clássico "Grande Sertão: Veredas" é referência em salas de aula
Radioagência Nacional - Por Carolina Pessoa
Publicado em 19/11/2025 14:18
Cultura
© Arquivo/ Secretaria de Educação e Cultura de Goiás

Um dos maiores nomes da literatura brasileira, autor do clássico "Grande Sertão: Veredas", João Guimarães Rosa, se destacou pela linguagem inovadora, marcada pela influência popular e regional. 58 anos após sua morte, a história de amor de Riobaldo e Diadorim segue atual, e a obra é referência em salas de aula e vestibulares. Além de escritor, ele também foi médico e diplomata. O escritor Flávio Carneiro, professor de literatura brasileira da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, fala sobre a atualidade da obra de Guimarães.

"Um clássico é aquele livro que nunca terminou de dizer o que tinha a dizer, o que tem a dizer. Então quando você relê um clássico, você descobre coisas que você não havia percebido das outras vezes. Ele está sempre te dizendo alguma coisa, por isso está sendo sempre atual. A obra do Guimarães Rosa é uma obra clássica. Então, sem dúvida, ela continua dizendo muita coisa ainda pra gente.

"Grande Sertão: Veredas" foi publicado originalmente em 1956 e marcou época. Na trama, a história do ex-jagunço Riobaldo, que revela os conflitos do sertão e sua paixão por outro cangaceiro, Diadorim. O livro é um mergulho profundo na alma humana, capaz de retratar diferentes emoções, como sofrimento, violência e alegria. Flávio Carneiro destaca a relevância do livro.

"Grande Sertão: Veredas" é a obra mais conhecida do Guimarães Rosa, já traduzida em várias línguas, publicada em vários países. O que tem de inovador é o que existe na obra dele como um todo, que é essa linguagem absolutamente nova, mas também porque trabalha os opostos de uma forma muito interessante. Coloca lado a lado, né, opostos sem que haja aquela ideia de: isso é o certo, isso é o errado".

Guimarães Rosa, junto com Clarice Lispector, foi um dos principais representantes do Modernismo brasileiro, na terceira fase. O professor Flávio Carneiro explica esse período:

"Guimarães Rosa e Clarice Lispector fazem parte do que se convencionou chamar essa terceira geração modernista. São autores, Guimarães e Clarice, que se destacaram por essa ousadia da linguagem, com caminhos bem diferentes da Clarice, uma literatura mais introspectiva, a do Guimarães Rosa mais mística".

Ele também fala sobre outro grande talento de Guimarães Rosa: os contos.

"Guimarães Rosa foi um grande contista e o livro dele que mais se destaca é o "Primeiras Estórias". São contos que trabalham muito com a ideia de algo surpreendente, algo que você vivencia pela primeira vez. São "Primeiras Estórias" no sentido de coisas que acontecem pela primeira vez e que causam um maravilhamento. Um livro que fala da loucura, que fala do encantamento, da poesia. É um livro muito bonito".

Pela relevância e complexidade de seu trabalho, Guimarães Rosa foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1963. Morreu apenas três dias após assumir a cadeira.

Fonte: Radioagência Nacional
Esta notícia foi publicada respeitando as políticas de reprodução da Radioagência Nacional.
Comentários